Segundo a Organização Mundial de Saúde, saúde é "o completo bem-estar e pleno desenvolvimento das potencialidades físicas, psico-emocionais e sociais e não a mera ausência de doenças ou enfermidade". Dessa forma, o ser humano está saudável quando apresenta uma relação produtiva e harmônica com o seu meio ambiente, na sua cultura e na época vigente.
O conhecimento da relação da alimentação com o bem-estar físico e o pleno desenvolvimento mental e emocional já existia desde os tempos antigos. Infelizmente, foram episódios de doenças e epidemias que revelaram a importância de uma dieta completa, diversificada e hormônica.
Atualmente, as doenças crônicas representam a principal causa de mortalidade e incapacidade no mundo inteiro, principalmente doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias. Gradativamente, o problema afeta as populações dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Isso é reflexo das grandes mudanças que vêm ocorrendo no estilo de vida das pessoas no mundo, sobretudo nos hábitos alimentares e nos níveis de atividade física. A nova rotina adotada pelas pessoas é fruto dos processos de industrialização, urbanização, desenvolvimento econômico e crescente globalização do mercado de alimentos.
É cientificamente comprovado que a mudança nos hábitos alimentares e nos padrões dos níveis de atividade física pode influenciar fortemente vários fatores de risco na população, como obesidade, hipertensão arterial, hipercolesterol, alteração nos níveis de glicose sanguínea, entre outros.
O que se percebe é que a dieta consumida está produzindo uma série de desequilíbrios nutricionais: consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, alta ingestão de sódio e baixo consumo de potássio, consumo excessivo de calorias, diminuição de ingestão de alimentos ricos em carboidratos complexos e em fibras, elevado consumo de açúcares refinados e deficiência seletiva de algumas vitaminas e minerais, conjuntamente com o excesso do consumo de bebidas, principalmente, bebidas alcoolicas.
A alimentação rica em frutas e verduras é essencial, assim como a prática de atividades físicas diárias são fundamentais para a saúde, pois ambos os fatores podem controlar e reduzir a pressão arterial, diminuir o percentual de gordura e melhorar o metabolismo da glicose, entre muitos outros benefícios. As frutas e verduras são essenciais para uma alimentação saudável. Estudos afirmam que estes alimentos podem ajudar a prevenir patologias importantes, como as doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, principalmente, do trato digestivo. A baixa ingestão de frutas e verduras causa 19% do câncer gastrointestinal, 31% das cardiopatias isquêmicas e 11% dos acidentes vasculares cerebrais. Cerca de 2,7 milhões de óbitos podem ser atribuídos à baixa ingestão desses alimentos.
Diversos mecanismos podem mediar esses efeitos protetores, envolvendo antioxidantes e micronutrientes, como os carotenoides, vitamina C, ácido fólico, fibras e substâncias fotoquímicas, presentes nos alimentos funcionais. Os principais componentes desses alimentos que contribuem na prevenção das doenças cardiovasculares são as isoflavonas (soja), as lignanas e o ômega-3 (contidos nas sementes de linhaça), as beta-glucanas (aveia), a gordura monoinsaturada e os agentes fenólicos (do azeite de oliva) e o resveratol (oleaginosas, uva e vinho tinto). Estas e outras substâncias bloqueiam ou suprimem a ação dos agentes cancerígenos, e como antioxidantes, evitam danos causados pela oxidação do DNA.
Abaixo, alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde. Observe os compostos, suas ações no organismo e as fontes alimentares, respectivamente:
LICOPENO - antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Tomate, goiaba, pimentão vermelho.
BETACAROTENO - antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Cenoura, abóbora, espinafre, couve, manga, mamão.
FLAVONOIDES - antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Vinho tinto, suco natural de uva.
ISOFLAVONAS - redução dos níveis de colesterol sanguíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
Soja.
FIBRAS - redução do risco de câncer de intestino e dos níveis de colesterol sanguíneo.
Frutas, legumes, verduras e cereais integrais.
ÁCIDO GRAXO ÔMEGA 3 - redução dos níveis de colesterol sanguínea e do risco de doenças cardiovasculares.
Peixes, óleos de peixes.
PRÓ-BIÓTICOS - ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de micro-organismos patogênicos.
Iogurtes, leite fermentado.
FONTE; www.rgnutri.com.br
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