domingo, 22 de maio de 2016

A DEFICIÊNCIA DE FERRO NAS MULHERES PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Parte 2:

O ferro e as mulheres:
As mulheres possuem, realmente, uma tendência maior na perda de ferro do que o homem, e isso se deve a alguns fatores do próprio corpo humano e dos fatores que foram citados anteriormente (parte1). Alguns desses fatores podem ser a lactação, a fase menstrual (onde há perda de sangue) e o próprio metabolismo feminino, que tende a utilizar e perder mais ferro. Um outro fator que leva a uma maior perda de ferro é a musculação. Isso porque, como citado, o ferro participa de inúmeros processos relacionados com a geração de energia no corpo e quanto maior a necessidade de energia do corpo, mais gasto de ferro. Para se ter estimativas, mulheres ativas fisicamente pode necessitar de até 70% mais ferro do que as mulheres sedentárias.

Segundo as recomendações mundiais de saúde, mulheres devem consumir, em média, 14,8 mg/dia do nutriente na Inglaterra e cerca de 18 mg/dia nos Estados Unidos. Porém, a depender do estado fisiológico da mulher, ela necessita consumir quantidades superiores a essas. Outras recomendações mostram que cerca de 10 mg a mais das IDRs (Ingestão Diária Recomendadas) inglesas são boas diretrizes para suprir essas necessidades.

Infelizmente, não há nada que possa ser feito para tentar amenizar  esta perda de ferro. Isso é do organismo feminino e não existem manipulações para amenizar esta perda. O que pode e deve ser feito é a reposição deste ferro perdido.

Comer ou suplementar com ferro?
Sabe-se que o consumo de suplementação de ferro ainda é algo muito controverso na dieta. Alguns estudiosos têm elucidado que a suplementação com ferro pode ser prejudicial se for feita de maneira inadequada, pois o ferro é um mineral tóxico. Isso quer dizer que  por mais que você seja mulher praticante de atividades físicas (e tenha maior chances de ter deficiências de ferro), sair suplementando com quaisquer quantidades de ferro não resolverá o problema, e poderá acarretar outras, como sobrecargas hepáticas, entre outros. Caso a suplementação seja feita, faz-se extremamente necessário o acompanhamento de um bom profissional e exames periódicos para avaliar as quantidades de ferro que estão no corpo, assim como as quantidades de ferro que estão sendo eficazes ao mesmo.

Por outro lado, as questões dietéticas tem se mostrado como fortes melhoras da deficiência de ferro. Entretanto, mitos autores afirmam que ela somente terá uma eficácia significativa se for consumido o ferro heme, ou seja, de derivados de animais. Ainda, mesmo o consumo de ferro na forma não-heme deve ser avaliada com cuidado e outros nutrientes são necessários para melhorar essa absorção de ferro, entre eles, especialmente a vitamina C, que é um agente quelante do mineral.

Alimentos ricos em ferro de fonte animal:
carré, vitela, cordeiro, fígado de vitela.

Alimentos ricos em ferro de fonte vegetal:
pão de cevada, pão de soja, salsa, grão-de-bico cozido.

É sempre importante considerar que a dieta é fator fundamental para auxiliar nessa manutenção, e é o mecanismo mais seguro e com muito menos chance de toxidades.

Diante do exposto, podemos entender que a incidência na carência por ferro na maioria das mulheres é algo extremamente presente e que requer cuidados extras. Entretanto, isso não as faz ter quaisquer impossibilidades de praticar atividades físicas em atas intensidades, desde que devidamente acompanhadas nutricionalmente.

Portanto, lembre-se que pequenos detalhes e pequenas alterações na ingestão de um ou mais nutrientes pode afetar grandemente, o corpo. Toda atenção é pouca!

FONTE: www.dicasdemusculacao.org

                                                                             

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